segunda-feira, 23 de maio de 2011

Bahia investe em produção de mosquito da dengue transgênico


Cientistas criam mosquitos geneticamente modificados para “sabotar” o Aedes aegypti, inseto que espalha a dengue, uma doença que infecta 50 milhões de pessoas e mata 25.000 por ano, e representa uma ameaça para 40% da população mundial.

Atualmente, o único método de combate à dengue é matar e controlar os mosquitos que espalham o vírus quando se alimentam de sangue de indivíduos infectados. Não há vacina, nem drogas preventivas ou terapêuticas. As medidas de controle são apenas para matar os mosquitos com inseticidas ou monitorar e restringir pequenas poças d’água, pratos e outros recipientes onde eles se reproduzem. O leque de opções é muito limitado.

Agora, o novo mosquito tem sido considerado um sucesso pelos pesquisadores. Essa é a primeira vez que mosquitos geneticamente modificados são liberados na natureza. Até o final do teste de seis meses em um terreno de 16 hectares, as populações de insetos nativas que espalhavam o vírus da dengue haviam caído.

Os pesquisadores criaram milhões de machos carregando um gene alterado chamado “tTA”, que é passado para as fêmeas quando eles se acasalam. Como os machos não picam, ninguém fica doente. Já o gene letal passado impede que as larvas e pupas cresçam de forma adequada, levando-as a morte antes da idade adulta e quebrando o ciclo de vida dos insetos.

Nos primeiros seis meses do estudo, os pesquisadores liberaram um total de 3,3 milhões insetos machos. Eles mediram a depleção da população através de verificações semanais sobre os ovos postos pelas fêmeas. Nos primeiros três meses ou mais, a proporção de vasos contendo pelo menos um ovo aumentou gradualmente, atingindo um pico de mais de 60%. Mas até o final do experimento, a proporção havia caído para 10%.

Os investigadores concluem que o número de ovos despencou porque a maioria estava morrendo como larvas. Os recursos consumidos pelas larvas e pupas condenadas competiam com insetos normais, o que ajudou a reduzir a população.

Agora que a pesquisa já terminou, os pesquisadores vão acompanhar o local para ver quanto tempo a população de mosquitos leva para se recuperar. O objetivo é estabelecer quantos machos precisam ser liberados, por quanto tempo e onde, a fim de suprimir eficazmente as populações naturais.

Outro objetivo é usar os machos geneticamente modificados em conjunto com métodos de controle normal para combater a dengue. Os pesquisadores já realizaram testes na Malásia, e tem autorização para realizar ensaios em muitos outros países afetados pela dengue, como Brasil, França, Índia, EUA, Tailândia, Cingapura e Vietnã.

A ideia é convencer os países de que a modificação genética é uma estratégia que pode salvar vidas e prevenir a dengue.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Pesquisadores brasileiros fazem curativo com plasma de sangue humano

Pesquisadores brasileiros descobrem curativo natural

Pesquisadores brasileiros descobrem curativo natural
O curativo ajuda no tratamento de feridas de cicatrização difícil e tem um diferencial inovador: 100% da matéria-prima vêm de sangue doado.
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Pesquisadores brasileiros descobriram um curativo natural para o tratamento de feridas de cicatrização difícil. É feito de sangue humano.

O aposentado Arthur Travasio tem feridas na perna causadas por uma queimadura que nunca cicatrizou. Agora, ele começou um tratamento com um gel que funciona como curativo natural.

O produto é fruto de uma pesquisa desenvolvida pelo Departamento de Hematologia da Unesp de Botucatu. O medicamento tem um diferencial inovador: 100% da matéria-prima vêm de sangue doado.

"O que nutre todos os tecidos é o sangue, então deveria estar neste sangue a resposta para as feridas”, disse a pesquisadora Elenice Deffune.

O sangue passa por essa máquina que divide o material em três partes: hemácias, usadas nas transfusões; plaquetas, utilizadas no tratamento de leucemia; e plasma, que na maioria das vezes era descartado. E é justamente o plasma a fonte do novo remédio.

A principal função do produto é estimular o organismo a conter a ferida. A ação das proteínas que estão presentes no gel ajuda a recuperação dos vasos sanguíneos, a formação de nova pele e o fechamento da lesão.

"São substâncias que interagem com a própria química do organismo", disse a pesquisadora Rosana Rossi Ferreira.

O gel está em fase de testes, mas logo deve ser comercializado. "Ele é economicamente viável e é cientificamente lógico", afirmou Elenice.

A auxiliar de enfermagem Conceição Marfil sofreu com úlceras nas pernas durante sete anos. Depois de usar o curativo natural, não tem mais nada.

"Foi uma salvação, tanto na parte estética, como emocional também, porque a pessoa que tem essa úlcera acaba se fechando um pouco".

De acordo com os pesquisadores, o gel desenvolvido pela Unesp deve custar um terço do preço dos medicamentos convencionais.

domingo, 1 de maio de 2011

História do Dia do Trabalho






O Dia do Trabalho é comemorado em 1º de maio. No Brasil e em vários países do mundo é um feriado nacional, dedicado a festas, manifestações, passeatas, exposições e eventos reivindicatórios.

A História do Dia do Trabalho remonta o ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos). No dia 1º de maio deste ano, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores.

Dois dias após os acontecimentos, um conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de alguns manifestantes. Este fato gerou revolta nos trabalhadores, provocando outros enfrentamentos com policiais. No dia 4 de maio, num conflito de rua, manifestantes atiraram uma bomba nos policiais, provocando a morte de sete deles. Foi o estopim para que os policiais começassem a atirar no grupo de manifestantes. O resultado foi a morte de doze protestantes e dezenas de pessoas feridas.

Foram dias marcantes na história da luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho. Para homenagear aqueles que morreram nos conflitos, a Segunda Internacional Socialista, ocorrida na capital francesa em 20 de junho de 1889, criou o Dia Mundial do Trabalho, que seria comemorado em 1º de maio de cada ano.

Aqui no Brasil existem relatos de que a data é comemorada desde o ano de 1895. Porém, foi somente em setembro de 1925 que esta data tornou-se oficial, após a criação de um decreto do então presidente Artur Bernardes.

Fatos importantes relacionados ao 1º de maio no Brasil:

- Em 1º de maio de 1940, o presidente Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo. Este deveria suprir as necessidades básicas de uma família (moradia, alimentação, saúde, vestuário, educação e lazer)

- Em 1º de maio de 1941 foi criada a Justiça do Trabalho, destinada a resolver questões judiciais relacionadas, especificamente, as relações de trabalho e aos direitos dos trabalhadores.